Thursday, November 30, 2006

Songs for a broken heart

Inspirada pelo TOP TOP de hoje, venho cá imitar o tema já que não tenho uma personalidade muito forte e sou facilmente influenciada. "Uma Maria-vai-com-as-outras", dizia minha mãe na época em que ela acreditava que eu fumava maconha e eu nem sequer sabia o que era beber.
Enfim, o tema do Top Top* de hoje foi as 10 baladas mais desconcertantes da história da música. Como na lista deles rolou um Bon Jovi e em 1º lugar, a coragem superou o bom senso, ficou o Scorpions com Still loving you, eu me dou o direito de colocar a bregueira que eu quiser. A lista é minha e quem não estiver de acordo, saia daqui (sorriso maroto). Cessando a enrolação que me é peculiar, vamos ao que interessa.
10º - Eu disse a ela - Skank
Então... é musiquinha que não fede e nem cheira. A letra pode até querer dizer alguma coisa com suas frases de conteúdo meio nonsense barato, meio "cult". Mas a melodia é uma gracinha, e gracinha é a forma como ele canta. Uma baladinha bem fofinha para corações trincados e com poucas chances de estrago total. É assim, você compra um engradado de cerveja, vai para sua casa, ouve todas as nove antes, bebe e chora e termina a saga com essa canção simpatiquinha e inofensiva.
9º - Tomorrow comes today - Gorillaz
Quem diria que Gorillaz pudesse fazer parte de uma lista minha um dia na vida. Como Gorillaz tem o dedo de Damon Albarn, a letra tem a grande capacidade de dizer alguma coisa sobre nada (vide Song 2 do Blur). É uma música que dá vontade de se sentir magoado. E dependendo do estado de espírito, é exatamente como você ficará.
8º - Slave to love - Bryan Ferry
Essa é do tipo fim de carreira. Ali está o abismo e você pronto para se jogar. Antes de se jogar, você canta o refrão (que dificilmente não há uma pessoa no mundo que não cante junto) acompanhando o radinho de pilha devidamente sintonizado na Antena 1. Seria uma morte banal se não tivesse uma trilha sonora tão "alma" como essa. É de doer.
7º - Stop crying your heart out - Oasis
É um consolo. Mas quem precisa de consolos nos momentos "Charlie Brown" da vida? A música é paradona e se o intento é sofrer, por que não com essa música? Durante aquela fase de aceitação da catástrofre, cai como uma carapuça.
6º - Evererybody Hurts - REM
O nome da música é auto-explicativo, embora não seja de todo verdade mesmo que você queira acreditar que todo mundo está compartilhando do seu sofrimento. "Viver é sofrer", mas só às vezes.
5º - Nowhere man - The Beatles
Lugar nenhum. Não. Ninguém. Negação total. O nada em sua essência. É como não querer sentir nunca mais. E pronto.
4º - Easy - Faith no more
Todo mundo quer ser livre, mas...
3º - Shine on you crazy diamond - Pink Floyd
Eu não entendo merda nenhuma de música, mas posso crer que o solo de guitarra dessa música é bastante convincente aos meus ouvidos. A música flui por si só e é de bom grado ouvir sozinho. Muito sozinho. Sozinho mesmo. Porque essa é sensação de ouvir essa canção: solidão crônica.
2º - Sour times - Portishead
Onde está a gillette?
1º - Everybody's got learn sometime - Beck
Um cara de bochechas rosadas com um cd (Sea change) basicamente inspirado em ré amorosa não poderia estar errado. Associando a música com o papel de miserável do Jim Carrey em Brilho eterno de uma mente sem lembranças, aí a coisa fica feia. Quem quer morrer bota o dedo aqui... que já vai fechar...
*Top Top - programa muito legal apresentado pela MTV todas as quintas 22:30h.

Wednesday, November 29, 2006

O mal do século é a fofura.


Pois bem. Quem diz que o mal do século é a tuberculose, a solidão e quiçá, o câncer, está redondamente enganado. O mal do século é a fofura. E a fofura no seu estado bruto pode levar uma pessoa à loucura. E só uma força superior sabe do que uma pessoa louca é capaz.
Está provado cientificamente (pela minha pessoa assistindo Tiny Toons e reparando o comportamento peculiar de Felícia) que os seres humanos tem uma capacidade mental pouco evoluída para processar estímulos doces, fofurescos, rechonchudos, peludos ou não, estrategicamente coloridos e com ruidinhos quase obscenos de tão bonitos. Acredito que as coisas fofas atingem uma área do nosso cérebro responsável pelos instintos mais primitivos. É essa a área reponsável pelo amor, pelo desejo e infelizmente, não preparada para a visão de certas coisas que a vida há de nos presentear mostrando o quanto o belo pode ser belo e você simplesmente não saber lidar com isso.
Quando eu me deparo com algum coelho gordo ou mesmo meus hamsters ou mesmo algum desenho animado ou qualquer outra coisa que excite a minha capacidade de processar a informação como algo FOFO, eu posso concluir com firmeza de opinião, que as minhas glândulas ad-renais liberam adrenalina em minha corrente sanguínea. E eu sofro de taquicardia, minhas pupilas dilatam, minha respiração fica ofegante e eu simplesmente sinto uma incontrolável vontade de espancar, matar, arruinar a vida de alguém, correr e bater com a parede na cabeça, jogar alguma coisa no chão, degolar, empalar e outras coisas que remetem a um estágio de violência bastante avançado.
Analisando uma situação hipotética, imagino que se Hilter tivesse se vestido de coelhinho saltitante na época do Nazismo, ele teria sido muito mais bem-sucedido em sua empreitada do que usando aquele cabelinho lambido e aquele bigodinho ridículo. Ele simplesmente desencorajaria qualquer oponente a meter uma bala em sua cabeça. Isso explica muito o fato de ninguém ter quisto estrangular o Snoopy, que mesmo com seus acessos de filha-da-putice extrema, conseguia ser um desgraçado sem ninguém notar porque todo mundo estava preocupado mesmo com o fato de ele ser um cão bonito, FOFÍSSIMO e de personalidade forte (mas nunca um filho-da-puta).
De qualquer forma, as pessoas têm muitas maneiras de expressar sua relação com a FOFURICE . Algumas conseguem extrapolar e levar a situação às vias de fato soltando comentários do tipo: "É tão bonito que dá vontade de esfregar no cu" e ou (porque se trata da mesma pessoa) ao ver um jornalzinho de ovos de Páscoa das Lojas Americanas soltar a pérola de todos os tempos (siga o diálogo):
" - Ei! Você não vai me devolver o folheto não? Preciso escolher o ovo que vou comprar pra mim!!!"
"- Nããããão! Esse ovo com papel do Snoopy é tão bonito que eu vou levar pra casa para bater punheta."
É por essas e outras que a vida não me deixa dúvidas. A FOFURA é definitivamente o mal de toda a humanidade.

Monday, November 27, 2006

Enquete: Gato da Próxima segunda

Não tem choro nem vela. Hugh Jackman é o cara mais maravilhoso do showbizz.

Bom ator (e cantor/dançarino de lambuja), lindo de morrer, charmoso de doer, inteligente, espirituoso, legal, simpático, gentil...e por aí vai. A popularidade dele segue o caminho oposto da maioria das estrelas: ele é admirado e reconhecido pelo bom caratismo e talento. Nada de escândalos envolvendo abusos de entorpecentes, ou puladas de cercas com colegas de set, ou declarações retardadas/recistas. O rapaz é um sonho de consumo.

No caso de algum cataclisma nuclear dizimar os machos, seria de SUMA importância proteger o Sr Jackman. Imagine que futuro belo e promissor: o DNA perfeito deste moço repovoando nosso planetinha...Ai ai.

Então eis a dúvida. Qual foto dele deve ser postada? Porque convenhamos, se ele já é LINDO sendo ele mesmo, encarnando o Wolverine então... Atire a primeira pedra a mulher que não derreteu na cadeira do cinema vendo X-Men. E para as leitoras de HQ´s a coisa é a ainda mais forte, já que o Sr Logan é fetiche sexual de qualquer nêrd que se preze.

Hugh Jackman ou Hugh "Wolverine" Jackman?
Ó duvidazinha cruel...

*Suspiros*

Saturday, November 25, 2006

Keep Walking


Quem lembra daquela propaganda da Perdigão que tocava "Perhaps Love"? Mostrando um monte de gente feliz e amorosa se abraçando...

Pois é, a primeira vez que eu vi aquela propagando eu chorei. Juro! Pensei cá com meus botões "Gente...a publicidade brasileira tem sensibilidade. Olha que coisa mais linda..." .

Se uma propaganda com uma canção do Jhon Denver (blergh), mostrando uma pieguice atrás da outras (velhinhos dando selinho, crianças abraçando cãezinhos) já me fez chorar, imagina uma peça publicitária "cabeçuda" feita com o dobro de esmero e pra um público MUITO mais seleto...

É exatamente o que fizeram com as novas propagandas do uísque Jhonny Walker. Tá certo que foram feitas pensando em executivos de mega corporações, que bebem Jhonny Walker às sextas no Happy Hour com os amigos no bar mais chique da cidade, mas elas me chocaram (no bom sentido da coisa).

Primeiro foi a árvore que simplismente levanta das raízes do chão e sai andando do meio da floresta pro deserto. E agora a do android que quer ser humano (ela está no site www.theandroid.com, em português). Sério gente, são coisas que te fazem pensar sobre a vida, mais precisamente sob a ótica do slogan da campanha: "Keep Walking". Bunito DE VERDADE! Vale a pena dar uma bizoiada nos Youtube da vida.

Thursday, November 23, 2006

Voulez-vous coucher avec moi?

Detesto "escritoras". Mulheres na literatura sempre são introspectivas, cheias de sensibilidade e "a frente do seu tempo". Mulheres que escrevem sempre abusam de fluxo de consiência (recurso estilístico chatíssimo, nenhum pensamento é tão interessante que deva ser descrito em 50 páginas).Mulheres esritoras sempre são a Clarice Lispector. Então, quando comprei Delta de Vênus da Anais Nin, jurei que ia ser mais literatura uterina disfaçada de boa e velha pornografia. Me enganei.

Anais Nin era uma escritora francesa que foi amante de Henry Miller. Henry Miller é um escritor americano famoso pela trilogia Nexus, Sexus e Plexus. Todos os três livros falam sobre passar fome em Paris e fazer sexo sórdido com prostitutas do Bois Boulogne. Assuntos até interessantes, mas não a ponto de virar trilogia.

As credencias de Madame Nin não eram nada promissoras.Ainda bem que me enganei.Delta de Vênus é uma coletânia de contos eróticos escritos por encomenda. Anais Nin era paga por página. Delta de Vênus é também excelente literatura. O sexo ali oscila entre o tom surrealista e o rabelaisiano. Pode ser muito bizarro ou pode ser grotescamente engraçado. Mas o ponto forte dos contos é a dissecação das relações amorosas. Está tudo ali: amor, ciúme, ódio, vingança, tédio, tudo coberto com personagens deliciosamente exagerados (não, não me refiro apenas á anatomia).Delta de Vênus é boa literatura. Não foi escrita com o útero, foi escrita com o cérebro.

Anais Nin disse que considerava Delta de Vênus caricato demais para uma publicação séria. Ela se enganou. Infelizmente Madame Nin além de ser uma excelente escritora, era também uma mulher sensível a frente do seu tempo. Decerto ela achou que faltava um fluxo de comsciência em meio ás orgias.

"Me vê aí aquela picanha no ponto"


Um lugar de honra no inferno dos arrogantes, prepotentes e nojentos está reservadissimo com o meu nome. Tá lá cravado com as letras diabrais (tipo a linguagem do mundo do Lovecraft, cheio de consoantes e pouquissimas vogais): "Aqui sentará Maria Cristina (ou Mel), que fez tão pouco caso das pessoas humildes em vida".

Mas antes de continuar minha explanação quero me defender dizendo que eu sou uma pessoa legal. Sério mesmo. Eu sou pobre!Então porque eu iria destratar meus camaradas de infortúnio financeiro?

Bem, na minha vasta experiência no mundo corporativo posso dizer que, se tem um tipo de pessoas que eu admiro profundamente são aquelas que se dão com as pessoas do trabalho braçal. Ou seja, aquelas pessoas super dadas a papos com a faxineira, o segurança, o jardineiro da empresa. Porque eu, particularmente, sou educada e gentil e SÓ. Muito disso devido a experiências traumatizantes de entrosamento com as moças de limpeza. Você fala "Ameixa" e elas entendem "Me drogo muito nos fins de semana", e contam pra deus e todo mundo mas isso é outro caso.

Então, nas últimas semanas me dediquei a observar como as pessoas gostam de discutir da vida na fila do restaurante. Especialmente desabafar alguns probleminhas pessoais com o churrasqueiro, enquanto ele corta aquela picanha no ponto. O mais bacana da rotina é isso, você tem a chance de "conhecer" pessoas nas filas de restaurante, pontos de ônibus, lotericas.

Deixo aqui registrado mais uma vez que eu adimiro por dimais as pessoas que trocam idéias sobre a vida, o universo e tudo o mais com o pessoal de serviços gerais. Coisa que, por mais que eu tente, é algo muito distante da minha realidade.

Wednesday, November 22, 2006

Da arte de ser docente.

Uma das maiores aventuras da vida, eu imagino que deva ser a de ser professor por um dia. Pior ainda, vários dias. Meses. Anos. Particularmente de uma faixa etária que varia dos 11 aos 18 anos. Lidar com crianças, pré-adolescentes e adolescentes é tão inspirador que de vez em quando você se pega fazendo uma daquelas besteirinhas que fazia quando tinha lá seus 14 anos. Assim... do nada. Porque feliz ou infelizmente não tem como não se envolver, ainda mais uma criança grande como eu que acabo morrendo de rir de um fulaninho que cuspiu no galão de água que todo mundo bebe.
O mais engraçado de tudo é quando os seres em questão querem interagir. Não importa de que forma, o importante é andar com o professor. É contar para os outros coleguinhas que de certa forma conseguiu um espaço na vida daquela pessoa grande que te ensina coisas. É nessas horas que as pérolas mais bonitas acontecem.
Um indivíduo de 13 anos começa a se identificar com o rock agora; e para quem sobra!?! Para a tia "doidona" que vai com camisetas de desenho e tem a cara de rockeira.
" - Professora!?! Vamos comigo tomar uma, eu pago! A gente bebe até cair no chão!!! Porque assim... eu sei que tu gosta de um goró!" (HAHAHAHAHAHAHAHAHA)
Ou em um momento de maior seriedade, quando surge aquele assunto como "Deus existe?" e você ganha um apelido como "Pagã safada!". Vai entender...
E a puberdade então!?! Ah sim... essa é mais difícil de todas!
" - Professora!?! Vem dar aula de saia!?!"
" - Professora!?! Casa comigo!?!"
" - Professora!?! Deixa eu pegar nos seus peitos? Fom fom!"
E assim a vida continua. Como não é um local rígido e as pessoas podem fluir da melhor maneira, eu vou me defendendo com petelecos, cotoveladas, cortadas desmoralizantes. Porque eu nunca tinha visto tanta cara-de-pau e sinceridade num lugar só.
E por outro lado, é muito bom sentar e ficar lembrando daqueles diabretes e dando algumas risadas.

Sunday, November 19, 2006

No elevador.

Goiânia é um cu naturalmente. Juntando o maldito calor que está fazendo então... valha-me "Padin Padi Ciço"! Não há nada mais blasé na vida de um mortal que um domingo em Goiânia com esse calor da porra com sua mãe assistindo Domingão do Faustão. Talvez até haja. Mas não me interessa.
O calor de uma cidade com um número de habitantes muito maior do que ela fora planejada para ter, faz o lixo feder, as baratas gigantes e voadoras saírem de seus guetos, os escorpiões marronzinhos aparecerem em nossos banheiros, a concentração de mosconas transmissoras de berne pousarem na sua cabeça, a leseira intra/interpessoal aumentar, a tensão criar um pânico geral destruindo a vida de muitas pessoas.
Quem gosta de calor é litorâneo. Não é justo pessoas como nós, legais e habitantes de uma região com opções de alta concentração de água num determinado lugar tão a desejar (e sem carterinhas do clube Jaó como eu), pagar pelos seus pecados antecipadamente queimando nas brasas do Inferno seco e castigante como o daqui.
Se eu fosse Deus, eu apagaria a visão cruel das gramas do cerrado sofrendo auto-combustão e botaria um mar. Sem areia de preferência.

Friday, November 17, 2006

Quem eu queria ser I

I

Eu queria ser a Emília Marquesa de Rabicó. Emilía é uma boneca que virou "gentinha". Mede 40 cm de altura, tem cabelos castanhos e pele "moreno jambo". Emilía mora no Sítio do Pica Pau Amarelo, de localização incerta.
Emilía também é umas das personagens mais interessantes da literatura brasileira. Que não costuma ser muito interessante, cheia de jegues, sertões e gente pobre pedindo esmola. Emilía é a indepêndecia de pensamento, a esperteza e a grande sabedoria que , aos olhos comnus, parece uma grande besteira. Emilía tem valores morais individuais, é um choque.Na literatura brasileira as pessoas são geralmente um fruto da luta entre camponeses e latifundiários. Emilía não, Emilía é única.

"- Mas, afinal de contas, Emília, que é que você é?
Emília levantou para o ar aquele implicante narizinho de retrós é respondeu:
-Sou a Independência ou Morte!"

Não coloco uma foto dela aqui. As verdadeiras para mim, foram desenhadas por André Le Blanc, na minha coleção de Monteiro Lobato de 1957, com a capa verde. Esses livros, os primeiros que li em toda a minha vida, me ensinaramn duas coisas: que livros são os brinquedos mais divertidos do mundo, e que é perfeitamente natural conversar e ser amiga de personagens de ficção. Continuo seguindo os mesmos ensinamentos mesmo depois de adulta. A coleção do Lobato, herdada da minha mãe, são os livreos mais importantes que eu já li. Ganham dos Fritzgeralds, Machados, Rosas, Steinbecks...Sem o sítio do pica pau amarelo eu não teria chegado nos Fritzgeralds, Machados, Rosas ou Steinbecks.

Um dia tiro férias daqui e me raspo para o sítio, encontrar alguns velhos amigos. É batata!

Wednesday, November 15, 2006

Coisas que a gente nunca esquece.


Quando a gente tira um tempo para pensar na vida e repensar situações as quais foram vividas, experimentadas e firmemente gravadas em nossas memórias, geralmente a gente acaba sempre lembrando das situações que mais nos fizeram sofrer. E são nessas horas que a gente liga pro amigo e implora para ele te levar para tomar um sorvete e de alguma forma, voltar a omitir certos fatos dentro de nossa cabeça até uma próxima oportunidade.
Mesmo que a gente se finja de bobo e leve nossas vidas normalmente, existem certas coisas que nunca serão esquecidas e muito menos superadas. Rés que consideramos homéricas e nem um maldito terapeuta vai dar um jeito nisso. Porque não tem como dar jeito em filha-da-putagem level 8.
Alguns finais de relacionamento podem ser considerados uma espécie de pós-guerra. No fim das contas, alguém sempre sai muito machucado e o período de reestruturação é longo, árduo e com tendências graves a seqüelas pós-traumáticas para o resto da vida. Mesmo que a ferida seja curada, a cicatriz permanece, mas eu nem quero entrar no mérito "dramalhão-frase-de-caminhão".
Enfim estava eu passando pelo meu processo de reestruturação sentimental. Que diga-se de passagem, estava durando muito para o meu gosto, mas mesmo assim eu estava evitando qualquer tipo de embrenhamento, firulinhas e namoricos com outrém. E quando se evita esse tipo de coisa, pode saber que a sarna ronda. Quanto mais se foge, mas tem gente querendo pular em cima de você. Essa é a lei da vida. Não queira algo e algo há de acontecer. E foi assim que eu me envolvi com um sujeito aparentemente legal (na verdade meu conceito de legal era o fato de ele gostar de The Doors e naquela época nada mais me fazia feliz do que ouvir a discografia completa, repetidas vezes, cantando junto e pensando em como eu tinha nascido na época errada) que chamaremos de Terry.
Terry tinha um jeitinho todo fofo-empático-engraçado-e-outras-coisitas-mais de ser, mas ele tinha um defeito MUITO grave: uma namorada a tiracolo. E foi assim que eu ignorei a presença de Terry e levei minha vida adiante como se nada estivesse acontecendo (porque de fato nada estava acontecendo). Resumindo boa parte da história; Terry se engraçou mais do que devia para o meu lado, nós ficamos, nos empolgamos e tudo o mais, ele terminou com namorada dele por algumas frações de dias e eis que me vem o grande tabefe do destino bem no meio da minha cara.
Terry acabou que voltou para sua respectiva namorada e quando resolveu colocar a verdade em pratos limpos, (obviamente em minha ausência) colocou a coisa da seguinte forma: "Amor, o que eu fiz foi um erro e eu admito. O problema é que ela não largava do meu pé. Eu fiquei com tanta dó que acabei dando o braço a torcer. Ela ficava atrás de mim o tempo todo implorando para que eu ficasse com ela. Você me entende? Ela praticamente se jogou nos meus braços. E sabe como é homem, né!?! A carne é fraca..."
Quando eu enfim soube de todo o ocorrido (porque eu sou e sempre serei um pessoa dotada de muitos informantes espalhados por todos os lugares) eu tive vontade de matar. Animus necandi. E não coloquei essa vontade para fora. Não matei o filho-da-puta. E esse é um dos motivos que me levaram a ter um blog. Com esse nome... Tudo vem a calhar.

My name is Brent...David Brent!


Então...

A semana do orgulho nerd não deu ibope nenhum...este blog está menos frequentado que churrascaria em sexta-feira da paixão (que trocadilho mais infame)....

Mas o diagnóstico desta situação é conhecido por nós. E digo mais, não nos arrendemos das decisões que tomamos.

(Nós chingamos os únicos frequentadores assíduos daqui...não é de se estranhar que as visitas tenham diminuído. Chingamos não, porque é uma palavra forte, eu diria que foi "a verdade").

Mas enfim, doa a quem doer ainda estamos aqui. Feias, sujas e malvadas.

Deixo aqui uma foto do "querido" David Brent. O chefe dos sonhos de qualquer pessoa, o amigo que qualquer um gostaria de ter (porque perto dele qualquer um é legal).

Se existe uma pessoa que é a personificação da palavra LOSER, este é David Brent. Não se iluda, você conhece algum David Brent, ou mesmo você É um David Brent...

Pensem nisso, assistam "The Office".

Thursday, November 09, 2006

A verdade e meu pai.

Meu pai é um sujeito bastante sincero. Tão sincero que às vezes incomoda. Ele acha que eu sou uma farsa e não acho que eu seja mais que isso. Eu tento ser outras coisas, mas sempre ele vai estar lá nas arquibancadas da vida não exatamente torcendo por mim, mas fazendo de tudo para roubar o lugar do técnico e gesticular alguns gestos obscenos apontando que tudo está indo pelo buraco.
Eu não acredito que tenhamos de nos conformar com tudo nesta humilde vida, mas também não acredito que o pouco seja suficiente e que o muito, bastante esteja tão longe de ser suficiente. O que quero dizer é que por mais que a gente tente, nossa sina é ser medíocre; porque tudo o que podemos é acumular conhecimento o bastante sobre determinado assunto, bem como podemos saber um bocado sobre várias coisas, bem como podemos nem nos interessar por bosta nenhuma e sermos considerados apenas um fazedor de volume nesta grande bacia d'água chamada de Terra. E mesmo que você acumule conhecimento o bastante para dar pitaco em algum paradigma extremamente incrustado, isso não te dá garantias que seu nome entrará para a História da humanidade. E muito menos para a história do seu bairro. Felizmente eu sou uma pessoa de sorte que moro em uma rua que teve um assassinato famoso. E ainda assim eu sou uma pessoa anônima. Uma Beta ninguém.
Meu pai é um ser extremamente pensante e cobra de mim em seus discursos que ele diz não ter um mínino cunho de cobrança, a minha evolução intelectual. O meu grande trunfo de pobre. Porque é aquela velha história "minha filha, eu não sou ninguém e não tenho herança para deixar, mas se você estudar, pelo menos um mínino de dignidade você pode obter em sua vida"; porém, devido à entonação em suas palavras, ele quer dizer "Estuda, desgraça! Porque eu já estou cansado de não ter ninguém à altura para conversar!". E ele reclama... joga na minha cara que a única coisa que eu sei fazer é virar noites assistindo Lost - "o que esperar de uma geração genuinamente audiovisual"- que o que sei fazer de melhor é ficar à toa no messenger trocando impressões diárias de uma vida vazia com meus amigos. O que eu sei fazer de melhor é fingir que eu sei de alguma coisa quando eu nem tenho conhecimento histórico para me posicionar diante do mundo. Enquanto isso, a única coisa que ele sabe fazer é acreditar piamente (mesmo que ele diga que não seja isso) que eu com meus 21 anos consiga obter uma visão crítica e uma bagagem literária que ele adquiriu em seus cinqüenta e poucos. E é óbvio, o fato de eu não ter participado da década de ouro, a década de 70.
E eu nem estou me fazendo de vítima. Eu estou tentando.

Tuesday, November 07, 2006

Crise de identidade.


Num mundo lotado de estereótipos, eis o nerd. Eu nunca entendi o que é emo e nunca vou entender o que é nerd. Não agora. Porque há tempos, nerd era considerado um estereótipo para caras estranhos que sentavam na frente, só tiravam dez e vez ou outra eram flagrados babando nas suas próprias folhas. E agora?

O que é ser nerd nos dias de hoje?

Monday, November 06, 2006

SEMANA DO ORGULHO NÊRD!


Então!

Esta semana no Garotos são Gosmentos será temática!(E se fizer sucesso, outras também)

Como já foi dito e redito que por estas bandas só aparecem garotas true, nesta semana nos orgulharemos de sermos nêrds!É aquele velho deitado "De nêrd e louco...todo mundo tem um pouco" (Isso não será música da Pitty, é um ditado acima disso).

Nada melhor para celebrar o início desta semana especial, do que postando nosso gato da segunda que é o símbolo de que o nerdismo pode ser algo sexy (muito sexy): Fox Mulder.

Antes do Sayid consertando radinhos e fazendo computadores de cocos e bambus )fazendo nossos hormônios ficarem tresloucados), havia Fox Mulder, o Homem...o Mito!

Inteligente, nerd, retardado, cheio de tiradinhas "hilárias", insistente, chato...enfim, todos aqueles adjetivos que definem bem a alma nêrd. Agora acrescente nisso muitoooo charme, um nariz de presença, uma boquinha linda, um cabelo staile... e tcharans!!! Eis que temos nerd dos sonhos de qualquer garota nerd.

Amém Fox Mulder!!!!!!!!

Friday, November 03, 2006

O Convívio social e mais umas coisinhas.


Na minha infância tudo era festa. Eu era um ser exageradamente sociável. Em qualquer boteco que meus pais fossem; qualquer praia do Rio de Janeiro; qualquer lugarejo eu conseguia conquistar uma legião de crianças para brincar comigo. Tudo era agradável. Qualquer pedaço de papel com um palito de picolé poderia virar diversão para uma tarde inteira. Sem demagogia. Todos nós sabemos que as crianças tem uma propriedade semelhante aos metais: são totalmente maleáveis. Só se entediam quando cansam de fazer alguma coisa e o sono vem. Quando vem...
Mas o tempo passa. E você vai virando um cu de gente. Ficando chato, seletivo, mesquinho, nojento, anti-social, arrogante e babaca. E é partir daí que você começa a escolher a dedo as pessoas que merecem a sua compania. E o mais impressionante é quando elas ainda desdenham. Como assim!?! E brota aquele balãozinho de pensamento: "Que idiota! Orgulhe-se porque dentro de uma gama infinita eu deixei você andar comigo!".
Até os meus 15 anos, eu sempre acreditei que iria manter as minhas capacidades afloradas na infância. Aquela abertura social extremamente indefinida e infinita, dando corda para a primeira pessoa que puxasse qualquer tipo de assunto comigo. Mas a vida me ensinou que as coisas não são bem assim. Que por mais que você queira, nem todo mundo merece 1% que seja da sua atenção. Ainda mais quando não se sabe qual a intenção das pessoas em relação a você.
Quando você é criança, isso de começar a prestar atenção pra quem você dá moral ou não, começa cedo: "Meu filho, não fale com estranhos!". E quando você cresce isso já não é mais um problema. Mesmo porque todo mundo se torna estranho demais para que você possa possibilitar um primeiro contato. E agora eu tento me lembrar dos primeiros contatos que eu tive com as pessoas que eu ando hoje. E penso se eu necessitaria de mais pessoas. Às vezes dá aquela ânsia, ainda mais quando a vida está uma droga e parece que ninguém se lembra de você mais: "Preciso conhecer pessoas novas!" e então você conhece e na maioria das vezes é só uma questão tempo para que elas não mais façam parte da sua vida.
Eu não sei qual exatamente a minha intenção em escrever esse post (se é que existe alguma), mas é algo que aparece e você exterioriza e pronto. Claro que não precisava ser aqui, poderia ser num pedaço de papel, mas acho que eu nem me lembro como se escreve mais...

Thursday, November 02, 2006

As quintas são da 7º arte!

Pois é Brasil!

Hoje é dia de falar de cinema no Garotos Gosmentos!

Aqui ninguem tem a intenção de bancar de cult nem nada parecido. Por isso, vou pagar pau pro Kubrick, em breves palavras.

Uma das coisas que mais me motiva a ver um filme são, em 1º lugar a história e em 2º quem é o diretor. Porque das 2 uma: ou uma história muito banal pode se tornar algo sensacional nas mãos de um bom diretor ou um bom diretor pode trasnformar uma história muito legal em algo banal.

Então, se existe um diretor extra fodônico no quesito "Fazer uma de uma história algo fantástico na tela), este cara é Stanley Kubrick. É meio lugar-comum pagar pau pra ele, eu sei disso. Mas é impossível nao respeitar um sujeito que consegue imprimir o próprio estilo de maneira tão marcante quanto ele. O cara TEM personalidade, genialidade e outros 200 adjetivos cinematográficos. Ele nasceu pra isso, pra transformar uma sessão de filme em algo monumental.

Eu não vou ficar falando dos méritos técnicos e blá blá blá, nem do "jogo de câmera" que ele usa e blá blá blá...Eu só quero salientar que eu respeito DIMAIS diretores como ele. Que contam a história da sua própria maneira, sem se deixar levar por tendências de mercado nem estúdios gananciosos pela grana do público adolescente (cada vez mais descerebrado)

Três moços que estão indo bem nesta linha são Guilhermo del Toro, Michel Gondry e Spike Jonze; sem falar no Peter Jackson malukete, que tem uma personalidade do caramba também. Não existe nada mais delicioso do que sentar pra ver um filme e "sentir" o estilo dos caras, que são talentosos e sabem MUITO bem contar histórias.

Mas o insuperabilíssimo ainda é o Mestre Kubrick. Amém!

Wednesday, November 01, 2006

Rasgando as apólices da hipocrisia - Eu tardo mas não falho!

É sabido que a maioria do homens compartilham a fantasia de ver (bem como interagir) duas mulheres se pegando. E se pegando no sentido pejorativo mesmo. Sem carinhos e demonstrações de afeto de coleguinhas. Ou luta de mulher no gel (que me parece ser uma fantasia bem recorrente e isso já outro caso). É o pegar no sentido sexual. Carnal. É pegação de duas mulheres, minha gente!!

Para tentar entender o por quê dessa empolgação toda, eu elaborei algumas perguntas que já foram citadas antes (vide post anterior para quem está boiando) e "entrevistei" algumas pessoas que estavam disponíveis no messenger. De antemão, é importante ressaltar a presteza da machaiada para falar sobre esse assunto. Uma prontidão e animação incomuns em relação a outros tipos de conversa. Uma festa. Infelizmente não pude ver o brilho nos olhos dessa gente ávida por novas emoções, mas foi com muita graça que vi a perseverança. A esperança contínua de algum dia um par de mulheres se sensibilizarem com a causa e lhes proporcionar uma das melhores experiências de sua vida. É tocante.

Como isso não é um trabalho de faculdade e eu nem consegui fazer algo muito elaborado para demonstrações de gráficos, cabe a mim fazer um texto comum com algumas percepções superficiais, porém de grande valor.

É quase unanimidade a existência dessa fantasia, fazendo com que se torne até uma característica peculiar. Quanto as outras respostas, variam, mas não variam tanto. Alguns nem sequer acham que tem uma explicação do por que disso. E acho que se eu fosse um homem, eu também não me importaria com isso. Afinal de contas, querer racionalizar algo que é quase um instinto é meio boboca.

Sendo boboca...

Partindo de uma premissa que pode ser falsa, acho que a causa pode ser cultural. Uma vez que homens têm uma criação liberal e são teoricamente ensinados a garantir uma mulher para o casamento, a procriação, enfim, para a formação de uma família, na prática a poligamia (embora o ser humano seja poligâmico em essência; o homem mais acentuadamente que a mulher) é descaradamente incentivada. Por outro lado, temos a psicanálise. O homem como animal que inconscientemente precisa espalhar suas sementinhas pelo maior número de fêmeas possíveis. Então... se em uma a necessidade já é parcialmente bem sucedida, imagine participar de uma pegação de mulheres e disseminar suas sementes em duas numa cajadada só!?!

Outros apostam no sentimento de poder. Aquela coisa de macho-alfa reinante num determinado momento em relação às suas fêmeas. Acho que não existem muitas coisas para se falar sobre isso já que a pesquisa foi feita a partir de questões subjetivas (até demais para o meu gosto) e fica difícil traçar um perfil com respostas mesmo que pouco variadas, ainda assim variadas. A respeito do que acham eles do por que eles têm essa fantasia, a maioria não soube responder; e quem respondeu apelou justamente aos fatores culturais, à criação e essas coisinhas da vida. Por último, por pura distração e falta de ponderação, seria o Paraíso se todas as mulheres do mundo decidissem virar bissexuais. Garotos... ai ai.

Só para finalizar eu queria deixar muito claro que houve uma unanimidade. TODOS os entrevistados choramingaram ao ver que as perguntas tinham acabado.

"JÁ!?!"; "Só isso!?!"; "Ahhhhh... eu queria falar mais sobre isso!". Eu só sei que foi assim.
P.S.: Eu queria botar uma foto mas esse caralho de servidor não ajuda!!!