Thursday, November 23, 2006

"Me vê aí aquela picanha no ponto"


Um lugar de honra no inferno dos arrogantes, prepotentes e nojentos está reservadissimo com o meu nome. Tá lá cravado com as letras diabrais (tipo a linguagem do mundo do Lovecraft, cheio de consoantes e pouquissimas vogais): "Aqui sentará Maria Cristina (ou Mel), que fez tão pouco caso das pessoas humildes em vida".

Mas antes de continuar minha explanação quero me defender dizendo que eu sou uma pessoa legal. Sério mesmo. Eu sou pobre!Então porque eu iria destratar meus camaradas de infortúnio financeiro?

Bem, na minha vasta experiência no mundo corporativo posso dizer que, se tem um tipo de pessoas que eu admiro profundamente são aquelas que se dão com as pessoas do trabalho braçal. Ou seja, aquelas pessoas super dadas a papos com a faxineira, o segurança, o jardineiro da empresa. Porque eu, particularmente, sou educada e gentil e SÓ. Muito disso devido a experiências traumatizantes de entrosamento com as moças de limpeza. Você fala "Ameixa" e elas entendem "Me drogo muito nos fins de semana", e contam pra deus e todo mundo mas isso é outro caso.

Então, nas últimas semanas me dediquei a observar como as pessoas gostam de discutir da vida na fila do restaurante. Especialmente desabafar alguns probleminhas pessoais com o churrasqueiro, enquanto ele corta aquela picanha no ponto. O mais bacana da rotina é isso, você tem a chance de "conhecer" pessoas nas filas de restaurante, pontos de ônibus, lotericas.

Deixo aqui registrado mais uma vez que eu adimiro por dimais as pessoas que trocam idéias sobre a vida, o universo e tudo o mais com o pessoal de serviços gerais. Coisa que, por mais que eu tente, é algo muito distante da minha realidade.

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