Friday, February 23, 2007

"Que fique aqui registrado que os óculos escuros são para esconder os hematomas"


Depois do sucesso de repercussão de Wlad, o empalador; Alexandre, o Grande e Garparzinho, o fantasminha camarada, venho até vocês apresentar o mágico, o "por quê", o dramático, o extraordinário e proparoxítono: GUSTAVO, O RIDÍCULO.

Saibam, antes de tudo que o ridículo é um adjetivo que mesmo não tendo nenhum lado bom, é fruto de um imensurável afeto. É que nem um casal de namorados que chama um ao outro carinhosamente de "fedido" e "fedida" (baseado em fatos mais que reais). Enfim, é ridículo, mas eu gosto e recomendo.

Tudo começou quando tivemos a idéia de ter um blog, este por sinal; e a idéia foi crescendo, todo mundo entrando no clima, expondo suas opiniões sarcásticas, irônicas, babacas e muitas vezes, meio infelizes (muito embora o digníssimo protagonista desse post ache que realmente vem muito a calhar e seus "insights" são de uma maestria única e incomparavelmente geniais).

Todo mundo tem o direito de achar o que quiser, certo?

Pois bem. Foi aí que as coisas começaram a perder as estribeiras. Quando numa tentativa mal sucedida de tripudiar um blog que já nasceu da própria tripudiação, recebeu um post (Vide "Vai aí um presuntinho!?!) como advertência pelo seu comportamento insensível e gosmento. O lance é que a carapuça serviu mais que um par de meias compradas na sorte em véspera de Natal.

O nosso comentarista mais espirituoso se rebelou e decidiu desde então boicotar o blog, não mais nos dando a graça de seus comentários mais que contundentes (diríamos, pérolas do humor refinado e filosófico) e ME acusando de autoritária, ditadora e qualquer outro sinônimo que possa existir para alguma atitude que pode a liberdade de expressão só porque o post supracitado (adoro essa palavra. Aprendi vendo novela e agora vocês vão ter de me aturar) teve um efeito não maior que cutucar a ferida exposta.

Esse post tem o intento de mostrar que existe discussões acerca dele mesmo no plano real. Que as pessoas se sentem constrangidas com a verdade nua, crua e não-vaselinada e nós, meros portadores da verdade, sofremos críticas horrendas e acusações caluniosas diante de toda a nossa boa vontade e esperança de um mundo melhor.

É por causa disso que hoje sou injustamente apelidada de AI-5. Eu quero vingança.

P.S.: O cara da foto é o Costa e Silva. Presidente responsável pelo AI-5 (mais informações, vá no google).

P.S. 2: Apesar de tudo, eu amo o Gustavo. Autoritariamente.



Wednesday, February 21, 2007

Porque eu entendo o Godzilla.


Depois de merecidas férias pelo Velho Mundo, cá estou para deliberar sobre as coisinhas da vida neste blog que eu tanto adoro!

Vou começar pegando pesado!!!Trazendo um assunto meio polêmico: porque eu amo (e entendo) o Godzilla.

Para tanto vai aqui um breve resumo da história deste rapaz:
"Godzilla é a personificação do medo das armas nucleares. Criado por uma explosão nuclear, seu imenso tamanho, força, terror e destruição evoca a fúria das bombas atômicas soltadas em Hiroshima e Nagasaki.
Para muitas pessoas em todo o mundo, Godzilla é um aspecto característico da cultura popular japonesa. Ele ainda é um dos monstros mais reconhecidos no mundo, apesar da sua popularidade ter enfraquecido ao longo dos anos. Godzilla remanesce como uma importante faceta dos filmes japoneses incorporando "kaiju", ou monstro gigante, no gênero tokusatsu."

Okei...
Vou dar minha cara a tapa e dizer que eu gostaria MUITISSIMO que o Godzilla destruísse o Japão de vez.

Xenofobismo?Preconceito?
Aham!!Pode crer!!!Eu me considero uma pessoa bastante aberta às outras culturas do mundo e quá quá quá, mas a japongada não desce (nem com suco Del Valle de pessêgo).

Desculpem a minha intolerância, mas eu acho que a cultura japonesa perdeu a identidade e se transformou num celeiro de gente tarada e idiota. Não me venham com o papinho de disciplina, "cultura milenar", amor ao trabalho e aquela merda toda. Japonês é tudo um bando de tarado maluco (nossa, eu adoro estes discursos preconceituosos. Imaginem minha cara de babaca falando isso).

Como eu sou fruto da sociedade ocidental americanizada (bebendo do suco amargo das ditaduras decadentes sul-americanas) a televisão (mais especificamente os MALDITOS ANIMES) me ensinou como é melhor ser um lixo ocidental do que um pirado-pedófilo oriental. Adicionando a tudo isso aquelas coisas miúdas que você aprende na escola sobre o Japão: País de pessoas (malucos) disciplinadas (bitolados) e trabalhadoras (capitalistas).

Portanto, eu penso no Godzilla e em como ele é um cara sensato. Eu entendo o Godzilla, sério mesmo. Não posso negar que nunca fantasiei ser um lagartão gigante e esmagar aquela japongada... ai ai... *Suspiros*

EI EI EI!!!GODZILLA É NOSSO REI!

Em tempo: eu não fui molestada por um japonês, não admiro os norte-americanos, uma japonesa não roubou meu grande amor, a Yakuza não matou minha família...enfim...nem tentem argumentar contra os meus argumentos. Estou trabalhando numa poção mágica para dominar o Godzilla, o que é uma reles pessoinha perto do que eu vou fazer com uma ilha inteira!! MUAAAAAAAAAAAAHAHAHHAHAHAHAH!

Sunday, February 18, 2007

I just don't know what to do with myself


"It's only lies that I'm living
It's only tears that I'm crying
It's only you that I'm losing
Guess I'm doing fine"
O drama ainda é a melhor forma de provar que existe sensibilidade.

Tuesday, February 13, 2007

Homi bão da semana (O-hô, hein! Esse vale meu xaveco)


O Garotos Gosmentos é um blog bastante democrático, sabe. Tem espaço para todos os gostos, algumas vezes não tão em comum; mas o que vale é o ânimo. É a capacidade de achar a beleza num par de bochechas rosadas, em uma magrelice estrategicamente bem vestida, em uns olhinhos de "me adote", em álbuns altamente trelosos e quiçá, românticos.

Sempre que eu me faço de difícil para conhecer alguma coisa é porque eu sei que aquela coisa vai roubar a minha alma (com exceção do "Japão imports"; tenho preconceito mesmo). E não foi diferente com o Beck. Ahhh, o Beck. O Beck Hansen. Que cÁra massa!

Não pensem que de alguma forma, ele merece o espaço mais pela sua... ér... hum... beleza, do que por toda sua saga no mundo da música. Bastante respeitável por sinal. Não estou aqui para fazer críticas musicais, mesmo porque eu sou uma fraude e me reconhecendo como tal, não teria a dignissíma cara-de-pau de dar tal desgosto aos leitores.

Mas fica aqui a diquinha de um post feito pelo calor das emoções. Por um coração amargurado, mas devidamente consolado ao colocar um cd do Beck para tocar. Por um corpo desprovido de alma (que com certeza está guardada numa caixinha no fundo do baú no sotão da casa do Beck lááááá onde ele mora), mas com sensibilidade suficiente para enxergar a magia onde ela existe.

O bom do Beck é que tem música para todos os momentos. Desde os mais sofridos, passando pela alegria de fim tarde até o "É agora, gente!!! Todo mundo rebolando até o chão!" numa noite de excessos em uma boate qualquer. Beck é isso aí: sagacidade, genialidade, doçura, mutação e uma pitadinha de "latin loser/lover".

Para quem quiser saber, minha coleção está incompleta. E como eu zelo a minha fama de pedinte, estão faltando o "Guero" e o "The Information". Sensibilizados com a minha causa, entre em contato através dos comentários, eu não terei vergonha alguma em receber de presente qualquer um dos supracitados.

Com amor (mais ao Beck que a você),

Friday, February 09, 2007

"Você já abraçou um fumante hoje?"


Venho cá expressar todo o meu rancor (como vocês podem ver, sou uma pessoa bastante rancorosa e vingativa. Quaisquer outros comentários a respeito da minha pessoa serão devidamente defendidos com um chute nas suas partes. Portanto, contenha-se) a respeito de uma situação infeliz, constragedora e sem a mínima razão de ser.

Sou uma fumante. Não me orgulho disso (por que deveria?), mas o fato é: sou uma fumante e por possuir um vício, isso não faz de mim alguém menos decente que você, por exemplo. O caso é que nós - fumantes do mundo, uni-vos - somos tratados pelos outros como homicidas, como meros poluentizinhos do seu ar cheinho de oxigênio, como escória de uma sociedade já falida que insiste em abanar a fumacinha do cigarro para espantar o câncer em potencial. MEU DEUS! "Boo! Sou fumante e vou te matar!"

Não que as pessoas sejam obrigadas a tolerar a catinga do meu cigarro, mesmo porque fede. E fede muito. Impregna as roupas, os cabelos, o espírito e o sistema nervoso. Pode ter certeza que impregna e impregna muito; senão eu não estaria defendendo uma causa boboca como essa. Mesmo que seja uma causa nem tanto, tenho a obrigação de levar a "verdade" para você, caro chapinha fumante que nem eu.

Primeiro eles dividem os ambientes em alas, depois nos proíbem de fumar em muitos locais e daí... só alguma entidade cósmica sabe do que eles (sujeito perfeitamente indeterminado e muito bem apropriado para situações conspiratórias) serão capazes. É tudo uma questão de (in)tolerância. Quem me garante que num futuro distante ou muito próximo, não surja um grupo de extermínio exclusivo para fumantes? Se pessoas são capazes de determinar ideologias pregando o extermínio de uma cor, etnia ou outra coisa qualquer, o que impede, em circunstâncias favoráveis, alguém resolver que os fumantes borram a qualidade de vida alheia e merecem serem mortos!?!

É por isso que eu proponho uma união. Sejamos parceiros e clamemos em uníssono pelo nosso direito de destruir as nossas próprias vidas (com um pouco de mal cheiro, certamente) na grande passeata "Fumante esperança" (créditos à Mafalda). Ninguém quer o seu dinheiro, mas a sua compreensão.


MUAHA
MUAHA
MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA


P.S.: Estou muito triste com essa nova campanha do blogger: "Beta não mais! Veja o que há de novo"; eu com meus poucos 21 anos e tão defasada...

Thursday, February 08, 2007

Senta que lá vem a história...

Basicamente as coisas funcionam assim: se você é um sujeito amistoso, amável, fofo e delicado, a ré é iminente. Agora, se você fica de putaria, esnobando, agindo com a maldade no coração e mais ainda, se utilizando de todo o seu desprezo, as coisas fluem. Fluem como uma árvore que perde suas folhas no outono (em lugares que existem outonos, porque no meu Brasil brasileiro tem inverno e tem verão; eventualmente uma primavera a qual nota-se a magia no ar e os casais se atracando mais que o normal nos bancos de praças floridas).
Isso é a famosa psicologia reversa. Bem utilizada em desenhos, principalmente nas cenas com bombas (Looney Tunes como exemplo clássico) em que dois personagens ou mais ficam naquela lenga-lenga toda para no final das contas a bomba explodir na mão de um otário que acreditou ser um presente de natal, por exemplo (AH! Vão assistir desenhos que vocês vão entender). Expressar os sentimentos puros e inocentes nos dias de hoje, com essa juventude problemática e traumatizada, tornou-se um fardo. Tipo a bomba. Você conta para uma pessoa que está hipoteticamente gostando dela e o que ela faz!?! Vai comprar cigarro e nunca mais volta.
E assim a vida continua. Com suas desavenças e desencontros. Com suas palhaçadas e sua postura sadomasoquista. A sua ironia cruel e a seus panes de vez em quando, quando algo dá realmente certo e você se surpreende.
Na verdade, eu nem sei por que eu estou postando esse texto ridículo e imbecil, já que meu cérebro está atrofiado pelo ócio e minha neuróglia está escorrendo pelos meus ouvidos.
Resumindo todas as quatro operações, chegamos a um consenso nobre e justo: Vamos todos para MOSTRA OITO PRAS ONZE* porque amar tá difícil (créditos ao Seyki). E eu só não digo beber porque agora o meu nome é Sobriedade e sobrenome Amarga.
Beijos na alma... puf
*MOSTRA OITO PRAS ONZE: Evento super bacana que Os Três Reis Magos inventaram de fazer para... sei lá... deixar os órfãos de cultura um pouco mais felizes. Consiste na exibição de três filmes no Cine Ouro, aos sábados, por cinco reais e gente bonita e muita azaração. Tudo isso lá no Goiás.

Sunday, February 04, 2007

Saudades do passado e medo do futuro.


Umas duas semanas atrás, quando eu esperava por meus amigos para uma seção cachorro quente + Táxi Driver + Tommy, regada a muita alegria, topei com um velho conhecido na porta do prédio. Era o primo de um ex-amigo meu, uma amizade muito forte que com os anos virou apenas uma lembrança. Não brigamos, mas a situação na época fez com que nos afastássemos.

Não pude deixar de perguntar por ele e recebi, como resposta, que ele tinha brigado com a família e desaparecido. A causa de tudo eu não posso falar qual, mas estranhamente nos dias seguintes fui tomado por uma onda incessante de lembranças, não só aquelas com o meu ex-amigo, mas de todos os fatos da minha vida e até preocupações sobre meu futuro.

Lembrei de quando eu vi o primeiro filme da minha vida. Foi em algum cinema porco do centrão, e o filme era Os Caipiras Trapalhões (acho que o nome é esse). Lembrei também de quando joguei Street Fighter 2 pela primeira vez, em um taito do Jardim América e do forte cheiro de óregano que lotava a praça de alimentação do shopping Flamboyant.

Lembrei do meu primeiro dia de aula, quando eu estava brincando com boizinhos de fruta, no quintal de minha antiga casa, quando subitamente minha mãe me pegou pelo braço e me levou para um local cheio de catarrentos como eu. Depois de um tempo eu era o aluno que mais visitava a diretoria para receber um “alô” dela.

Sinto saudades e um aperto no peito quando lembro dos meus colegas de quarta-série e das festas juninas, era uma pena que eu era o reserva para a dança e sempre pegava a menina zarolha, a manca ou a da série anterior que acabou sobrando.

Lembrei da minha oitava série, sem dúvida o melhor ano da minha época de moleque, a minha primeira paixão série e é claro, não declarada, e do quanto minha pilha de gibis da Marvel era gigantesca.

Meus torturantes anos do ensino médio, quando eu sofri bully por 3 anos, sempre brigando e apanhando. Das humilhações diante da menina bonita e dos 3 primeiros amigos verdadeiros da minha vida.

Lembranças ainda chegam. Do meu primeiro emprego e do meu primeiro estágio, das minhas aulas de guitarra (quando tirei Breaking The Law eu pulava como um alucinado!!!!)
Da primeira vez em que fui em um show (Deep Purple) e de quando fui no show do Judas Priest (um ano e 10 meses acho) e quase chorei quando tocaram Eletric Eye (se você nunca ouviu, ouça).

Lembro rindo e meio triste do dia em que entreguei um buquê de flores acompanhado da minha primeira carta de amor e conseqüentemente descobri que atitudes verdadeiras, não rendem bons frutos. Tenho gravado as memórias do meu primeiro beijo (nervoso), e da primeira vez (e não última) que chorei de verdade por alguém.

Lembrei de todos os meus amigos que conheci, de todos os meus amores e de todos os meus desafetos. Lembrei de elogios e abraços que deixei de dar, de palavras que deixei de falar e de atitudes que me arrependi de tomar.

Sei de que talvez eu ainda tenha muito chão pela frente. Acho que minha vida não deve ser calculada pelo meu sucesso material, mas sim pela qualidade das pessoas com quem eu posso confiar cegamente. Aquelas com as quais eu poderia andar lado a lado em qualquer tempestade e encarar qualquer merda. Pretendo (e venho tentando) enfrentar tudo com coragem, me redimir dos meus pecados e buscar aprender tudo em cada lição de vida filha da puta que venho tendo.

Principalmente em como ser mais delicado e gentil com o próximo (eu sou um cavalo).

Acho que de fato sou um sortudo e isso aos poucos vem afastando o meu maior medo. O de terminar a minha vida sozinho, sem ter ninguém com quem contar.













Acho que ando meio sensível e neurótico. Mas isso passa....



OBS: Sempre escrevo de maneira porca (odeio revisar) em um blog. Por isso não liguem para a construção bizarra do meu texto.

Este texto foi redigido em um café on line em Dublin, Irlanda, e é uma homenagem a todas as nossas lembranças.