Quando o dedo torto consciência cutuca...

Segundona cansativa! A noite resolvi sair com uns amigos para assistir o filme O Diabo Veste Prada. Sacumé, noite de segunda, nada pra fazer, já tinha estudado o que tinha de estudar, e tals. Fui ver o filme.

Antes da seção começar, eu e o pessoal engatamos uma conversa a respeito dos inúmeros casais que abundam nosso meio social. Nossos casais de amigos, primos e animais de estimação. Apesar do papo ter acabado logo após as luzes da sala terem apagado, eu continuei matutando, em minha incrível sapiência, a respeito disso. Em suma, o assunto me deixou um pouco abalado.

O tal assunto era a respeito da pessoa, em uma fase da vida, encontrar alguém não apenas para dar uns pegas em toda tarde e depois matar um x-tudo no pit-dog, mas sim passar a compartilhar sua vida com alguém. Ou seja: Não só de farra vive o homem, mas também de um ombro alheio para conversar e encher o saco.

Esse papo me assustou, de verdade. Como um sermão do meu pai que eu levava sempre ao aprontar algo. Não sei bem o por quê, mas é que a carapuça acabou servindo como uma luva, e vi que as vezes sinto falta de alguém pra compartilhar meu dia-a-dia. Outras vezes penso que minha vida de "solteiro" tá ótima, se melhorar estraga. Não vou entrar em detalhes do que foi discutido, só sei que o clima do cinema ajudou bastante já que só tinha casais no local e eu era o único solteiro. Dentro disso ainda tem todo aquele miolo de complexidades masculinas, repletas de conceitos iconográficos e outras coisas que apenas Saussure ou Braudilllard poderiam explicar. Amanhã já acordo mais leve.

Acho que se fosse um filme do Rambo eu não me sentiria tão culpado assim....