Tuesday, September 18, 2007

Post sem figurinha nem título!

Alguns filme você assiste no calor dos acontecimentos, mais precisamente no calor da hypação, sai falando que é lindo, pra pagar de descolado e é isso ai...Passam os anos, você fica mais madurinho e percebe que o filme não era só “massa dimais hein".
Está acontecendo isso comigo e “Magnolia” do Paul Thomas Anderson. Preciso revê-lo urgentissimamente. Só me lembro das as músicas (maravilhosas, compostas pela feiosa da Aimee Mann) e do Tom Cruise bancando o escroto e quase ganhando o Oscar. Mas eu sei que é um filme muito foda, quero me lembrar disso. Com toda a humildade do mundo eu penso que esta é a minha hora de vê-lo. Preciso tirar uma casquinha daquela sensação ótima (ou não) de se identificar com um personagem que se sente miserável igualzinho você.
Eu tinha lá meus 18/19 anos quando "vi" Magnolia pela primeira vez. Não desmerecendo ser teen, mas naquela época minha vida era uma bestança sem precedentes. Só me preocupava em entender 30% dos textos da faculdade (Sociologia, na época) pra não tirar –2,0 nas provas; sem contar um namoro "super saudável" com uma pessoa que sempre dizia "Desiste, você não consegue!" ou "Se você for sair com seus amigos pode me esquecer".
Eu nem tinha muita cuca no lance pra apreciar um filme sobre pessoas que sentem as coisas. Isso nos leva àquele velhíssimo clichê da vida: você vai ficando mais velho e o mundo ao seu redor, por conseqüência, se torna bem mais complexo. As relações que você tem com as pessoas e a maneira como você trata cada uma delas (sejam as amizades, inimizades, amores e etc) se tornam mais carregadas de significados...traduzindo pro ótimo português, as picuinhas do dia-a-dia viram coisa de cinema.
Fica aqui um pequeno desabafo e eu me convido pra ver “Magnolia” na casa de alguém, pra eu finalmente ter uma opinião relevante a respeito da chuva de sapos e pessoas por perto para ouvir.
Deixo o trecinho de uma música da trilha, “Wise Up”. A música perfeita, na hora perfeita:

It's not.. what you thought...
When you first... began it.
You got... what you want...
Now you can hardly stand it, though,
By now you know, it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.

OBS: Quem ainda não viu “Embriagado de Amor” (também do Paul Thomas) veja por favor!!!O cara conseguiu arrancar leite de pedra, ou seja, fazer o Adam Sandler interpretar e ainda por cima bem, com direito a fazer a gente chorar. Não se deixem levar pelo título brega, o filme é fantástico.

1 Comments:

Blogger lucy_in_the_earth_with_rocks said...

Na verdade, o mundo sempre foi complexo; a gente que vai ficando velho se atinando para isso. E eu realmente odeio que vive aquela filosofia escrota de que tudo é muito simples e a gente que complica.

Que merda é essa, né!?!

Enfim, Magnólia é um dos melhores filmes que eu já vi até hoje; o que mais me emociona no filme é justamente a visão "o mundo é vasto e a vida de uma ironia cruel sem precedentes", sem contar que tem Supertramp na trilha e uma chuva de sapos.

Quando você pensa que nada pode piorar, um sapo cai do céu e você morre de traumatismo craniano. That's it.

Obs.: Bestança é A palavra.

9:30 AM  

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