Thursday, October 05, 2006

A saga das desculpas esfarrapadas.

Capítulo I - "Eu não quero te fazer sofrer"

Todos nós sabemos que o ser humano é dotado de duas capacidades intrínsecas: o cinismo e a porcaria da compaixão. Va lá que o cinismo pode ser usado como uma arma deveras eficaz e em diversas situações é a única saída. Agora... compaixão é uma merda. Coisa de cristão mesmo, sabe!?! Ai, que asco!

Enfim, nunca saberemos o que está pelas entrelinhas. Na maioria das vezes, até sabemos mas preferimos nos enganar (isso vale para todo e qualquer indivíduo capaz de elaborar uma oração, seja ela coordenada ou subordinada); ou nem é preciso ter essa capacidade, uma vez que relacionamento amoroso é igual a dito popular; todo mundo saca o que está se passando no fim das contas. (Péssima analogia! PEENNNN)

Sem mais delongas, vamos ao que interessa e tentar unir o que foi dito com o que está por vir. Sabe, eu odeio a tal da falta de escrúpulos. A falta de "feeling". A grande idiotice de sempre subestimar o outro quando se tem algum plano em mente e está rolando de se livrar do pacote pesado e e sem barbante atual. Tratando-se de mais um caso verídico (porque tudo aqui é inspirado na mais pura e TRUE realidade) levantaremos um comportamento gosmento e maricas.

Quando rola uma ficada e a coisa parece estar caminhando para um rótulo saudável e bem recorrente (o namoro) todo mundo fica numa alegria só. Obviamente rola aquela insegurança bacana que gera todo o frio na barriga, a vontade de vomitar, aquela emoção "south parkiana" que estamos acostumados a presenciar ou vivenciar; rola aquele amor, aquele grude, aquela vontade dever toda hora, aquele agarramento... até que chega um momento crucial (que nem eu, nem você sabemos qual é porque varia de casal para casal) que ou a coisa parte para as vias de fato ou a coisa simplesmente esmorece e "goodbye stranger".

E nesse "goodbye stranger" a desgraça acontece. Algumas pessoas insistem em fingir que nada aconteceu. Outras somem de vista e mudam de calçada. Agora... têm algumas (e esse é o grupo de risco) que manda e-mails, ligam e até discutem relação cara-a-cara. Nesses momentos decisivos, podem surgir as desculpas mais esfarrapadas que nenhum outro ser humano pôde ser capaz de inventar: "Não posso ficar mais com você porque preciso lavar meus cabelos"; "Nossa relação não vai adiante porque a gente é diferente demais"; "Eu e você não podemos investir nessa farsa. Foi coisa de momento. Atração física..." e a mais clichê de todas "Eu não quero te fazer sofrer. Eu não estou pronto para um relacionamento sério"... e na semana seguinte... eis o Cujo dito desfilando de mãos dadas NAMORANDO com a fulana das couves.

Que fique claro que eu não estou maldizendo a linda oportunidade de optar do sujeito, mas sim, a desgraça da cara-de-pau em não esclarecer a situação para a parte até então interessada no contrato social provisório. É um cu.

18 Comments:

Anonymous Anonymous said...

O complicado é quando o clichê é sincero mas a pessoa não entende isso. ahuehuaheuhuehua.

10:35 AM  
Blogger lucy_in_the_earth_with_rocks said...

Minha gente, meu povo de Goiânia! De qualquer forma você fará a pessoa sofrer, por que não dizer logo que tem outra coisa em vista ao invés de ficar pavoneando?

Eu prefiro que a pessoa tenha a decência de me dizer "Olha, não dá porque eu estou querendo outra pessoa" do que "Não rola mais... a gente não nasceu um para o outro!"

Pau no cu.

2:27 PM  
Blogger Susie Q said...

Clichê sincero é otimo!!!

Isso de seguir a cartilha das desculpas esfarrapadas é uma coisa meio cultural. Uma pessoa vê a outra fazendo isso (e dando certo), consequentemente ela acredita e coloca em pratica tb!

O pior de tudo é q a parte q levou a bicuda acredita na desculpa, e acaba se explicando. Aquela coisa: "É...se for parar pra pensar a culpa foi minha"(eu já testemunhei MUITAS situações assim), ao invés de cuspir na cara do outro e dizer "Foda-se então maricona!"

Não existe clichê sincero...existem pessoas patetas.

6:56 PM  
Blogger lucy_in_the_earth_with_rocks said...

Nossa e essa situação de ficar se lamentando é paia demais. Acreditando por a + b que a rata foi sua. Que é você quem não serve para o fulano. Porque têm uns sujeitos que tem o carão de dizer "você é bom demais pra mim" e te larga. Não é impressionante!?!

7:29 PM  
Anonymous Anonymous said...

Ah, é a vida.
Fazer o que?
Obrigar a pessoa a mudar de idéia?

11:01 PM  
Anonymous Anonymous said...

Anônimo sou eu, arthur

11:02 PM  
Anonymous Anonymous said...

Os comentários da mel estão muito reacionários. Logo logo ela cria um movimento social, ou uma ONG pró garotas nerds.
ahuehauehuaea

11:05 PM  
Blogger Susie Q said...

Seu eu montasse uma ONG pra meninas nerds ia ser um tremendo erro. Primeiro que ia lotar de garota metaleira, fã de anime e gótica. Pq estes são subgêneros que autoproclamam nerds, e eu desprezo estas moças.

Eu uso "nerd" pq é melhor q "cult" ou algo do gênero, ateh pq as 3 notavéis blogueiras deste endereço não se enquadram em nenhum estereótipo da nossa sociedade falida.Por isso fica nerd mesmo. Eu conheço pokississimas meninas que fariam parte de um clubinho meu.

Se alguém tiver uma terminologia mais bacana, estamos abertas a negociações.

8:04 AM  
Anonymous Anonymous said...

Sugiro a implementação do termo "show de bola" ao invés de "nerd".

Ex.: Nossa, estou tão contente com tudo o que está acontecendo! Esta sensação é ótima! Ah, minha garota "show de bola"...

12:34 PM  
Blogger lucy_in_the_earth_with_rocks said...

Eu acho que as coisas estão tomando um rumo bastante pessoal e exageradamente hostil. Muita calma, pessoal! Vamos nos espelhar na "ideologia" hippie e nos sentir!

ohaohaohahoa

12:50 PM  
Anonymous Anonymous said...

Odeio desculpas esfarrapadas que sou obrigada a escutar dos sujeitos estranhos e maricas que aparecem na minha vida.Acho que o cara tem que ter bolas e falar na cara a verdade doa a quem doer. É bem menos feio que ficar usando clichês idotas,que fazem q com que a garota se sinta um lixo por ter ficado algum tempo e ter imaginado a possibilidade de namorar com o sujeito tão mongol e frouxo.
Qt a clichê sincero, affffffffffffffffffffffff

9:56 AM  
Anonymous Anonymous said...

Mas quem é o culpado?
O cara que é mongol e frouxo ou
a menina que ficou com o cara mongol e frouxo?

Dúvida no arrrrrrrr.

11:44 AM  
Blogger lucy_in_the_earth_with_rocks said...

Não existem culpados. Existem melhores decisões a serem tomadas. Mesmo porque a pessoa nunca aparenta ser mongol e frouxa até o momento em que deixa de se ter interesse.

Se fosse fácil saber quem é mongol e frouxo seria mais prático evitar a desgraça iminente. Ninguém vem com uma plaquinha piscando na testa.

2:27 PM  
Anonymous Anonymous said...

Esse tipo de situação acontece nos casos em que uma pessoa decide ir ficando com outra para ver o que vai dar.
E normalmente dá merda.

5:16 PM  
Blogger lucy_in_the_earth_with_rocks said...

Pois é. Cretinice.

Não se contenta com uma, fica sem ninguém.

Massaté!

5:18 PM  
Anonymous Anonymous said...

A Beta já disse tudo que iria dizer =/

7:59 PM  
Anonymous Anonymous said...

Vc entendeu errado, não é ir ficando com outra enquanto fica com uma.
É quando o cara fica com alguém, só porque teve uma leve afinidade, e vai levando na barriga pra ver o que vai dar. O famoso "com o tempo vou gostando".
Já vi casos assim demaaaais, e sempre dá zica.

1:07 PM  
Blogger lucy_in_the_earth_with_rocks said...

Arthur, olhe para o horizonte e verás a resposta.

Isso... continue olhando!

10:13 PM  

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